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Quem de nós já não sentiu os sintomas da ansiedade? Cansaço (fadiga), inquietação, insônia, transpiração, taquicardia, distúrbios gastrointestinais repentinos e muitos outros.

Em nossa sociedade imediatista que nos cobra a perfeição em todos os aspectos, podemos nos sentir ansiosos em muitas situações. Quando temos um prova, uma reunião, uma consulta médica, um exame mais complexo, um encontro especial ou quando precisamos apresentar os nossos resultados, sejam eles escolares, esportivos e profissionais. Qualquer tipo de avaliação pode nos submeter a uma situação que pode gerar a ansiedade. Dificuldades financeiras, falar em público, enfim, a lista de situações ansiógenas é enorme e varia de pessoa para pessoa. As situações novas, em geral geram ansiedade.

Porém, precisamos estar alertas quando a ansiedade atrapalha a nossa qualidade de vida, ou seja, o nosso sono, atenção, foco e as nossas pequenas atividades diárias.

E quando a ansiedade toma conta das nossas vidas e o medo nos paralisa, as preocupações são constantes, podemos estar diante de um transtorno de ansiedade.

Por isso, é muito importante procurar ajuda médica e psicológica quando você perceber que algo não está bem. Praticar exercícios físicos (desde que aprovados pelo seu médico) e ter o hábito de uma alimentação saudável ajudam a diminuir os sintomas da ansiedade. Podemos cuidar de nós mesmos a partir de hoje. Pequenas mudanças na rotina diária como como passear com o seu cachorro, fazer trajetos à pé, participar de grupos de caminhada com amigos , ir a uma academia, comer frutas, verduras, tomar água e acima de tudo “respire”. Usamos apenas um terço da nossa capacidade respiratória. Estas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na sua vida.

E procure a ajuda médica, pois a medicação correta poderá ser de grande ajuda. Aliada a Psicoterapia e a prática esportiva liberada pelo seu médico, poderá trazer de volta a qualidade de vida que se perdeu. Pense nisso! Cuide do seu corpo e da sua alma.Diz Jung: “Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi ser.”Por isso, não tenha vergonha de procurar ajuda. Comece fazendo as suas escolhas para ter uma qualidade de vida melhor. A doença surge como uma tentativa de autocura, para mostrar que somos capazes de muito mais do que imaginamos.

Uma abraço,

Sejam felizes!

www.lucianaderenze.com

luderenze@yahoo.com.br

@psicologalucianaderenze



Bullying não é brincadeira!

O que fazer quando a criança ou jovem sofre ou pratica o bullying.

A palavra inglesa Bullying surgiu há pouco tempo em nosso vocabulário, popularizou-se recentemente, mas a prática já existe há muito tempo. Esta prática prejudica a aprendizagem dos alunos, tornando-se um grande problema para a escola , para a família e para o grupo .

O bullying poderá se manifestar de muitas maneiras, através de uma agressividade verbal, física, psicológica, moral, sexual ou virtual (Cyber bullying). O Cyber bullyng ocorre quando há ofensas pelas redes sociais e pelos canais virtuais hoje existentes.

O bullying prejudica quem é atacado, mas também o buller, ou seja o agressor.

Mas como identificar o bullying? Convido aos pais a observarem o comportamento dos filhos em casa. Quando sofrem ou praticam o bullying, a criança ou jovem demonstra alguns sinais e precisamos estar atentos a eles.

Há pequenos alertas diários, quando a criança ou jovem sofre bullying, tais como:

  • Não querer ir para a escola;

  • Trazer o material escolar ou objetos pessoais danificados ou roubados com frequência;

  • Gasto excessivo na cantina da escola, ou perda de dinheiro ou mesada;

  • Reclama de mal estar físico (dor de estômago, vômitos, dor de cabeça) ;

As crianças que sofrem a agressão, tem vergonha de contar para os pais ou responsáveis e permanecem omissos. Muitos pais criticam os filhos, principalmente os meninos por não saberem se defender, pela sua possível “fraqueza” e isso também pode acarretar a ocultação do bullying.

O bullying tem um impacto negativo na autoestima da criança ou do jovem, pois muitas vezes pode se tornar um adulto com baixa autoestima, com problemas de relacionamento, depressão ou tendência a dependência de drogas ou álcool.

Em contrapartida, temos a criança ou o jovem agressor (buller), aquele que pratica o bullying. Neste caso torna-se ainda mais difícil para a família aceitar esta condição para o seu filho.

Quem ataca pode ter conflitos emocionais e é através do ataque que ele chama atenção para si. Pode ser o ataque ao mais inteligente, ao mais amado, ou ao diferente do grupo.

Podemos identificar em casa, alguns sinais do comportamento do buller:

  • Agressividade nas situações cotidianas;

  • Raiva, irritabilidade, arrogância, brincadeiras físicas que podem machucar ou verbais de mal gosto. Divertem-se muitas vezes com o sofrimento alheio. Esse comportamento que aparece sutilmente em casa e pode ser encontrado na escola de uma maneira mais intensa;

  • Isola-se, gasta horas na internet e costumam desligar os eletrônicos ao notar a presença de um adulto.

Mas o que fazer diante do bullying? Converse com o seu filho, e aproxime-se mais da vida dele. Pergunte como foi o seu dia, se tudo correu bem. Fique atento as mudanças de comportamento, como utilizar roupas quentes em dias de calor para esconder algum hematoma ou automutilação. E converse com a escola. A escola também é corresponsável por observar as situações de bullying. Se o seu filho sofre bullying, oriente-o a manter-se em grupo no colégio, na saída da escola e no intervalo para o lanche, pois a possibilidade dele ser agredido será reduzida. Nesta fase é muito importante o apoio psicológico desta criança ou jovem para o fortalecimento da autoestima e entendimento do seu conflito. Se estiver muito difícil, dividam o problema e peçam ajuda profissional. Converse com a escola do seu filho, médico e um psicólogo da sua confiança.

Muitas vezes o bullying pode surgir devido a um conflito familiar como separações conjugais, brigas, problemas financeiros, morte de um ente querido ou falta de limites para esta criança ou jovem. Dar o limite para a criança também é um ato de amor. Falar “não” educa para a vida, pois são em nossas frustações que crescemos e nos fortalecemos.

A família que não dá atenção ao bullying por achar que é algo passageiro, poderá contribuir para a formação de um adulto inseguro e repleto de questões emocionais não resolvidas.

Por isso, o diálogo diário, a atenção e o olhar sincero para a criança ou o jovem são essenciais para a difícil arte de educar e amar.

E lembre-se, a prática do bullying não é uma simples brincadeira. Procure a ajuda de um psicólogo.

Sejam felizes!

Um abraço,

www.lucianaderenze.com

luderenze@yahoo.com.br



Meu filho vai mal na escola, e agora?

No dia a dia do consultório tenho observado a preocupação dos pais quando o assunto são as notas escolares. Com a proximidade do final do ano, aumentam as pressões e o medo do filho “perder o ano”. O discurso com as ameaças para o cancelamento de viagens, mudanças de escolas, presentes que serão cancelados ou demais punições começam permear o ambiente familiar.

Muitas vezes, o problema associado ao desempenho escolar está em casa, escondido nas pequenas atividades. Precisamos avaliar a qualidade de sono dos nossos filhos e os limites quanto ao horário para dormir, estudar, brincar, e o uso do celular, etc.

Vivemos em um mundo repleto de pressões no trabalho, trânsito carregado e muitas vezes os filhos ficam até tarde esperando os pais chegarem, para fazerem “aquela lição” mais difícil . Esse horário acaba sendo inadequado, pois a família já está cansada da rotina do dia. Não dá para estudar Matemática, Química ou Gramática com tanto sono. Mas, percebo que pela saudade ou a culpa pela ausência do dia tornam os pais mais permissivos quanto o assunto é “colocar os limites”.

No dia seguinte, essas horas de sono começam a aparecer na forma de cansaço, dispersão da atenção e irritabilidade. Uma das consequências é o baixo rendimento escolar.

Outro fator importante é a autonomia dos nossos filhos. Como está a autonomia dele para fazer pequenas tarefas diárias? Como por exemplo, escolher a sua roupa, fazer o prato, arrumar o seu quarto e estudar sozinho. A autonomia também é um grande aliado da autoestima. Ajude o seu filho a se planejar para a entrega dos trabalhos e estudo das provas. Você pode orientá-lo a usar uma agenda ou um simples painel na parede.

Essas pequenas atividades ajudarão o seu filho a se organizar para se tornar confiante e construir a sua independência.

Convido você a avaliar também o número de atividades extras do seu filho. Quantas atividades extras ele pratica? Ele dá conta de sair do colégio e fazer todas elas e ainda concluir as lições? Ele dá conta de ficar no colégio integral com todas as atividades extras. O que vocês podem fazer para melhor a rotina dele?

Converse com o seu filho e veja como ele se sente fisicamente para abarcar todas as atividades. Muitos pais, alegam que não tiveram oportunidades, mas que o filho terá. Veja se a criança está sobrecarregada de atividades, a ponto de estar muito cansada para estudar.

Outro fator importante é entender a situação escolar do seu filho. Compreender o sistema de notas, a forma de prova, tarefas e as avaliações é fundamental. Conversem com os coordenadores pedagógicos, professores e não levem a dúvida para a casa. Orientem os seus filhos quanto ao sistema de notas, pois em cada colégio, o critério é diferente, pois há diferentes propostas pedagógicas.

Veja se o seu filho se “encaixa” na proposta daquela escola. Isto é muito importante, mesmo que você tenha 3 filhos, muitas vezes, cada um se adequa melhor a uma proposta diferente. Pense nisso, embora seja muito complicado frequentar escolas diferentes para filhos da mesma família.

Se mesmo mantendo uma rotina saudável de sono, alimentação e saúde, se o seu filho continuar indo mal, peça ajuda . Procure a escola, os psicopedagogos, os psicólogos, pediatras, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, etc. Peçam ajuda, dividam o problema para que a gama de soluções e possibilidades apareçam.

Procurem as aulas de reforço, ou a ajuda do colega que sabe explicar na mesma linguagem do seu filho, mas pergunte antes se ele quer essa ajuda.

Excluindo todas as possiblidades, se o seu filho realmente “perder “ o ano, e se você perceber que foi por falta de empenho, talvez seja um aprendizado para ele e para a família.

Muitas vezes , lidar com as nossas frustações nos torna mais fortes para enfrentarmos a vida. Se não estudarmos, não conseguiremos boas notas, e nada na vida acontece sem o esforço e empenho.

Convido vocês a refletirem sobre essas questões , pois nas principais dificuldades é que nos tornamos fortes para o enfretamento dos desafios e da arte de viver.

Diz Jung: Só em nós mesmos podemos mudar alguma coisa; nos outros é uma tarefa quase impossível”.

Que todos nós possamos mudar com as nossas dificuldades profissionais, escolares ou pessoais.

Aprender com os erros ou com as nossas dificuldades nos torna mais firmes para enfrentarmos desafios maiores que a grande vida nos trouxer.

Um abraço, sejam felizes!

Luciana Derenze

www.lucianaderenze.com


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